domingo, 29 de março de 2009

SAMBA


Matei o corpo que era meu.

Sem amor não há sentidos!

Homens são animais vigiados

perante seus pecados.

Em meio a dúvidas e

certezas

o rumo se perde

na vontade de não escolher.

Ela conversa sem me ver

e isso é dor que aumenta o medo

de não ser dela outra vez...

Ela nem imagina quantas

músicas tocam nossa trilha.

O sabor do beijo

tão perfeito

quanto o encaixe

dos nossos corpos

e mãos,

onde só o mundo

por testemunha,

me faz sentir inútil.

Caminho segurando outra força

que me levanta e ascende

o sol

quando a noite se apaga.

Quantos cigarros

ainda irei

apagar,

penasando poder

controlar meus passos?

Tantas taças de vinho

barato

me confortam...

O escândalo é o meu

maior estrago;

disso entendo.

Meus vícios são como

uma liberdade egoísta,

onde só eu tenho

o controle para

perder.

Se Deus fosse pequeno

como eu,

poderia conversar mais com

Ele e ouvir seus

conselhos adultos.

Onde devo sonhar?

Aqui, perto do sol que

me desperta ou lá,

casa da lua que me seduz?

A perfeição dela é

tão igual ao que sou...

Meu infinito,

voz do meu grito!

Minha perdição distante,

meu veneno!

Ela transita dentro do meu

ego,

me traga até

adormecer e eu

sou dela até me

destroçar.

Amo mesmo,

não posso lutar

contra esse rei!

Ainda que eu fosse princesa

esperando o cavaleiro

chegar das

batalahs alheias,

para me emprestar

suas armas!

Eu cego mas não mudo.

Ela é orgulho, eu emoção.

Ela, razão,

eu, amor.

Se ela perguntar

quanto tenho de amor

direi que é tudo,

já que a metade dela

ficou em mim.

E em mim,

habita tudo que

é dela.

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