quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

CARTA DE UM APELO

Minha linda,
nem todas as estradas do mundo
bastam para desviar nossos pés.

Pés e alma, juntos, numa
sintonia de espírito.

Tantos erros fizeram
de mim culpada a ponto de perder-te...

Fui de outros braços e 
pertenci a outro amor.

Mas se me perguntares se quero 
pular, direi que até vôo!
Sim, eu direi sim.

Renunciarei a todo caminho
que foi destino até hoje, e
seguirei teus passos
como prometido outrora.

Se duvidas, tenta arriscar-se...

Mas se já não o queres,
me anuncia, em forma de canção 
para me ver sangrar.

Mas, se de mim, ainda podes 
ser parte, me grita antes
do próximo sol!

Eu vou sim, eu vou contigo,
pois hoje aprendi a viver
e me tornei adulta de meus atos.

E o mais importante : o meu coração
despertou...

(E eu que pensei não existir para sentir)




TOM PASTEL

O arco do íris é colorido por
tocar o chão enquanto
atravessa o Céu.

Poderia ser de tantas
maneiras, mas as cores
insistem em ser primas.
Primas-irmãs? Não. Primas por
não serem pares...

E o que houve com o par de
mim? Tornou-se de outros
ímpares, absorveu-me e
expandiu ao vento.

Voei e pousei em outra
montanha. Alta, ao nível do
mar, mas baixa, ao sol.

Anos luz passaram
enquanto as cores se tronavam "pixels".
E volta! Volta e pinta! Que pinte e fotografe.
Que pare, e inerte fique

Há sim, outras molduras. Mas as imagens não
colorem sem inspiração.

E a inspiração é o monocromático do
narrador-personagem.