sábado, 30 de junho de 2012

ÁVIDO

Quanto encanto exalava! Sua fala, mais parecia música doce, daquela que se ouve e cala, só para sentir a melodia. Seus olhos, tímidos, mal buscavam os meus. Eu entendia algum tipo de perturbação ou desejo.

Ela não soube das explosões dentro de mim quando sua pele, por descuido, encostou na minha. Os segundos que passaram nesse contato, me prenderam à devoção de permanecer naquela posição todos os restantes segundos que me foram conferidos.

O seu sorriso, nossa... Que martírio querer entender aquela forma de sorrir! A paixão que desenhava seus labios, a vontade de sorrir minha boca na dela... A vontade de calar meus gritos com ela! Poesia. Sim, ela foi toda a poesia inventada e escrita. Ela foi, naquele instante, uma parte que faltava.

Mas se foi... Não sei para onde olhar. Não sinto mais o calor, ela o levou consigo e não a posso ver nem ter. Nem querer. Tapouco amar.