sábado, 21 de março de 2009

CAMISA DE SONHOS


Desperto de noite
pensando acordar de manhã.
Ela, dona de saia
e manhas,
me suga os limites.
Como uma flor
nasce e murcha,
eu vivo...
Sinto cada momento
como se fosse eterno
de um passado,
complemento
e elemento
do meu oxigênio
árduo.
O tempo me
acolhe em ilusões
tão abstratas
quanto às imagens
do alto da varanda.
Uma mulher,
uma dama.
Ela tem as metades...
Não parece fácil,
julgando a dificuldade
de amar a ela.
Mas espero.
Olho a tarde,
hoje tão diferente
das outras.
Tenho passos livres de um cárcere,
e nada me
liberta,
além do meu
impasse.
Também nada me sufoca!
Mas abro o pensamento
e nele volta...
Momentos e momentos.
Quanta felicidade!
Foi.
Não há escadas
nem esquinas.
Minha sina
perpetua
e eu aceito,
como quem desiste de
lutar.
Minha mão,
uma aliança.
Tantas lembranças não me permite
perdoar meus
atos.
Me afasta
dela, tentando
esquecer
o pecado.
Enfureço
minha dor.
Mas mal de amor,
também não
sára.
É tão eterno quanto
o tempo.
Eu de um sentimento,
ela de mim.
Aflora.
Enobrece.
Senhora
da minha agonia.
A minha hora...
A minha poesia
em narração
simples,
onde transponho
sentimenos
na ponta da bic.

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