quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Uma canção de verbo

Ela pergunta-me
sobre amor,
eu indago a ela!
ElA afirma-me amor,
eu retiro-me ao delA.
Ele ofusca-me os
desejos insatisfeitos,
eu deixo...
Deixo...
Ela tem a mim
quando procura, e
eu sou para ela.
(Outra vez e outra e outra...)
ElA quer ter a mim
quando e sempre, e
eu estou para elA.
(Em momentos, poucos).
Ele nem pede, nem pergunta!
Toma meu eu e minha
pele...
Leva aonde quer ter, e
eu vou.
Ela me ver a admiração.
ElA me ver ao longe.
Ele me ver no pecado.
Ele rasga e arranca
minha vergonha!
Que tão louco, ele é!
O pode ser.
Só ele tem o poder.
Afinal, ele sorri...
E quando sorri
sabe ter.
E quando tem, não larga.
ElA é coração e fogo...
É chama,
tontura pervertida
com pitadas de sentimento.
É calma e palpitação...
Ela, meu amor,
meus pensamentos,
meus erros e pecados
mau cometidos!
Deus,
é a perdição
dos meus mais alheios sentidos,
os todos que são!
Única.
É um futuro
que quero,
é o meu interior,
uma parte
grande de quem sou.
Vontade de ser
para ela e dela.
É medo de querer e deixar.
Eu, não sei...
Talvez um nada no meio de tudo,
sendo uma canção
com rimas de um vagabundo.

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