quarta-feira, 15 de outubro de 2008

HOJE DE MANHÃ

Hoje que o Céu acordou cedo e pôs luz sobre minhas mãos, quero caminhar.
Hoje que a canção se fez ouvida e a paz escancarada, quero caminhar.
Hoje que não sinto medo nem vergonha, não me julgo nem apanho, quero avenidas cheias de risos como um carnaval!
Quero a alegria de um instrumento recém tocado, cheio de notas e sustenidos...
Quero o par ímpar de um coração, quero um dom, uma dádiva!
Quero a poesia do hoje que se fez eterna em tantas vidas.
Quero adormecer e sonhar com uma inocência invejada à pureza coloquial de quem fui e não o sou mais...
Hoje tiro meu chapéu e mostro meu rosto.
Hoje que não sinto medo pois o céu acordou, tenho luz em mim, a paz me acalma e a vergonha finda num som que ecoa meu instrumento mais afinado : minha alma.

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