quinta-feira, 16 de outubro de 2008

AO CENTRO


Quem busca tanto um amor
não o vê tão perto.
Não o alcança até
vê-lo longe.
Amo a ela
como quem voa
num horizonte.
Ela não.
Não é princesa
como o posso ser,
mas carrega uma espada
em seu cavalo valente.
Tantas batalhas ganhas
e um troféu.
O piano agoniza
o peito sob os dedos
de rei.
É o fim.
Uma faca cortando as etapas.
Eu sigo rumo
à distância dela.
Não posso esperar
amanhecer
quando a noite
insiste em dormir
sobre o solo dos nossos
encontros abstratos.
Ela não aceita,
percebo.
Mas não fala,
não luta!
O que posso, eu
fazer?
Entregar as notas
e desfazer as canções.
Irei-me dela.
Irei-me em mim...
Irei-me por ela.

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