Matei o corpo que era meu.
Sem amor não há sentidos!
Homens são animais vigiados
perante seus pecados.
Em meio a dúvidas e
certezas
o rumo se perde
na vontade de não escolher.
Ela conversa sem me ver
e isso é dor que aumenta o medo
de não ser dela outra vez...
Ela nem imagina quantas
músicas tocam nossa trilha.
O sabor do beijo
tão perfeito
quanto o encaixe
dos nossos corpos
e mãos,
onde só o mundo
por testemunha,
me faz sentir inútil.
Caminho segurando outra força
que me levanta e ascende
o sol
quando a noite se apaga.
Quantos cigarros
ainda irei
apagar,
penasando poder
controlar meus passos?
Tantas taças de vinho
barato
me confortam...
O escândalo é o meu
maior estrago;
disso entendo.
Meus vícios são como
uma liberdade egoísta,
onde só eu tenho
o controle para
perder.
Se Deus fosse pequeno
como eu,
poderia conversar mais com
Ele e ouvir seus
conselhos adultos.
Onde devo sonhar?
Aqui, perto do sol que
me desperta ou lá,
casa da lua que me seduz?
A perfeição dela é
tão igual ao que sou...
Meu infinito,
voz do meu grito!
Minha perdição distante,
meu veneno!
Ela transita dentro do meu
ego,
me traga até
adormecer e eu
sou dela até me
destroçar.
Amo mesmo,
não posso lutar
contra esse rei!
Ainda que eu fosse princesa
esperando o cavaleiro
chegar das
batalahs alheias,
para me emprestar
suas armas!
Eu cego mas não mudo.
Ela é orgulho, eu emoção.
Ela, razão,
eu, amor.
Se ela perguntar
quanto tenho de amor
direi que é tudo,
já que a metade dela
ficou em mim.
E em mim,
habita tudo que
é dela.
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